Adoro beija-flores e colibris. Os considero, verdadeiras jóias
voadoras.
Suas cores sempre vivas, e seu voo ágil, gracioso, e altamente
controlável, fazem destes pequenos alados, seres muito especiais.
Num final de tarde, na área verde da pousada Casa da Roça em
Ibicoara, Chapada Diamantina – BA, estava junto ao amigo Daniel (dono da
pousada), sentado e observando algumas plantas em busca de algo interessante
para fotografar. De repente, um som agudo e motorizado passa cortando o ar em
direção às plantas floridas.
Ao olhar pro lado, vejo um pequeno beija-flor verde e furta cor,
pairado no ar, enquanto se nutria do néctar de uma flor. Obviamente esqueci do
mundo e fiquei focado no “helicópterozinho”. Lá estava eu, brigando contra o espaço
e tempo, em busca do melhor ângulo, da melhor luz, e...o bicho se foi!!!.
Minutos depois ele voltou, e veio também um outro, com a plumagem peitoral
branca. Finalmente comecei a fazer as fotos, não exigindo muito das condições oferecidas
pela luz, background, DOF, ângulo, etc. “Perfeccionismo é uma zorra!”
Uma coisa que tenho aprendido na arte de fotografar natureza, é que
nem sempre a dualidade, espaço e tempo, permite uma foto com os padrões
técnicos ideais.
Alguns animais, em especial as aves mais ariscas, a depender das
condições, devem ser registradas com a máquina quase toda (ou toda) em modo
automático, ou o dilema quântico espaço e tempo, nos coloca no bolso de novo e
tchau passarinho!.
No caso de beija-flores e colibris, a situação melhora um pouco,
pois normalmente estes pássaros permitem uma certa aproximação e apesar de serem
rápidos, podem proporcionar uma sessão de fotos muito interessante.
Fiz alguns registros legais, inclusive com foco, abertura e
exposição manuais, quando fiquei imóvel por uns 40 minutos, criando uma certa
confiança nos pequenos pássaros.
Utilizei uma DSLR Canon EOS7D com tele Canon EF 70-200mm f/2.8 L IS
USM II e uma objetiva macro EF-100mm f/2.8 L IS USM. Ambas com variações de ISO
entre 100 e 400.
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